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Aerospatiale SA-316B Alouette III / Sud-Est SE.3160 (Heller 1/72)


(Imagem 59/128)

Aerospatiale SA-316B Alouette III / Sud-Est SE.3160 (FAP - Força Aérea Portuguesa); Pintura Integral Anti-Radiação: Revell 46 NATO Olive RAL7013; Origem: França; Tipo: helicóptero ligeiro de transporte e uso geral; Motor: Turbomeca Artouste IIIB (880cv) turbina a jacto c/rotor principal 3 pás e rotor cauda 3 pás; Velocidade Máxima: 210Km/h; Raio de Alcance: 540Km; Tecto de Serviço: 3200m.


O Alouette III é um dos mais famosos, mais usados e mais conhecidos helicópteros do mundo.


O protótipo Sud-Est SE.3160 Alouette III, propulsado por uma turbina turboeixo Turbomeca Artouste IIIB (880cv), fez o primeiro voo inaugural em 28 Fevereiro 1959. O aparelho foi um desenvolvimento do anterior Alouette II e caracterizava-se por uma cabine maior, fechada, com duas portas de acesso e dois portões laterais deslizantes sobre trilhos, bastante envidraçada e capaz de acomodar até sete pessoas (dois tripulantes mais cinco páraquedistas/soldados, ou duas macas, uma sobre a outra, com feridos e um paramédico/assistente sentado de costas). Havia ainda a possibilidade de remover assentos e converter a cabine numa ampla plataforma para cargas. Um guincho ventral podia ser montado para levar cargas em eslinga até 750Kg. A lança de cauda apresentava-se fuselada à secção central da célula, completamente redesenhada, melhorando consideravelmente toda a estética exterior agora dotada com formas mais aerodinâmicas. Ambos os rotores tinham três pás de maior diâmetro e o trem de aterragem era do tipo triciclo fixo com rodas simples. O excelente resultado dos testes imediatamente despertaram o interesse das forças armadas francesas que precisavam de um helicóptero mais rápido, mais potente e mais fortemente armado, para a guerra na Argélia, considerada a primeira "Guerra do Helicóptero". Entretanto, o conflito terminou antes do novo modelo entrar efectivamente ao serviço.


As primeiras exportações do SE.3160 Alouette III (SA-316A) iniciaram-se a partir de 1961 para a ALAT francesa, África do Sul, Rodésia, Birmânia, Dinamarca e Peru. Em 1970, a Sud-Aviation é integrada no consórcio Aerospatiale e nesse mesmo ano, surge o modelo SA-316B Alouette III melhorado com uma nova transmissão reforçada mas mantendo a mesma turbina. Para as operações de busca e salvamento marítimo (SAR) também foi fabricada uma variante do SA-316B configurada com dois flutuadores (tipo botes), em vez do trem de aterragem convencional, e um guincho de içagem lateral sobre o costado esquerdo. Para facilitar as operações de recuperação de náufragos, com o guincho lateral, a secção ventral esquerda da fuselagem (logo por baixo do portão lateral deslizante) pode ser removida. Em 1972, apareceram o SA-316C equipado com a turbina Artouste IIID (880cv) e o SA-319B motorizado com a nova Turbomeca Astazou XIV que desenvolvia a mesma potência mas com uma economia de 25% de combustível. A variante navalizada SA-319B (ASW) foi desenvolvida para combater submarinos convencionais, pequenos navios e embarcações rápidas para além de poder efectuar missões de busca e salvamento (SAR). Esta variante está equipada com um radar de nariz Omera ORB-31 Hercules (para busca, navegação meteorológica e localização de objectivos no mar), para além da mira electrónica giroestabilizada APX-260 Bezu e um detector de submarinos (MAD) Crouzet DHAX-3. Este helicóptero pode ser armado com quatro mísseis anti-navio (ASV) Matra AS-11/12, ou com dois torpedos Aerojet MK44/46, ou com dois pods lança-rockets (FFAR) Matra-SNEB 155H (18X68mm), ou com dois pods de metralhadoras pesadas (12,7mm), ou ainda com dois pods de canhões (20mm). A produção francesa do Alouette III encerrou-se em Maio 1985 após terem sido construídos 1455 exemplares. No entanto, este famoso helicóptero continuou a ser fabricado sob patente pela Swiss Federal Aircraft Factory na Suiça (SFAF-316B), pela HAL na Índia (HAL-316B Chetak), e pela IAR na Roménia (IAR-316B). Mais de 60 países do mundo operam hoje helicópteros Alouette III nas suas forças armadas. Muitos desses operadores optam por adquirir acessórios tais como: guindaste ventral para levar cargas em eslinga, guincho lateral esquerdo de içagem e recuperação, cesto quadrângular de transporte na lateral esquerda, espelhos retrovisores fixos em hastes na dianteira, altifalantes nas laterais dianteiras, suporte lateral direito com torreta esférica giroestabilizada com (FLIR/TV), suporte lateral esquerdo com holofote, suportes laterais com flutuadores insufláveis (tipo saco), esquis para fixação às rodas, caixas "orelhas de elefante" que são filtros-radiadores anti-areias/poeiras para as tomadas de ar da turbina, dissipador de calor ou supressor-deflector curvo de gases (para autodefesa anti-míssil por infravermelhos) para a saída de escape, capô côncavo de cobertura da turbina, ou ainda vários tipos suportes laterais para fixação de armamentos tais como pods lança-rockets diversos ou trilhos com mísseis anti-tanque (ATGM) Matra AS-11, ou Euromissile HOT, ou ainda mísseis anti-superfície Matra AS-12. Na configuração anti-tanque/anti-superfície, o tecto da cabine recebe uma mira electrónica giroestabilizada APX-260 Bezu (para aquisição e perseguição de alvos). O estrado traseiro da cabine é amovível e nele pode ser fixado, na transversal, uma palete com assento para um artilheiro bem como um reparo-suporte para a fixação de uma metralhadora ligeira MG-42 (7,62mm) ou uma AA-52 (7,62mm) e respectivas caixas municiadoras. Armas mais pesadas também podem ser fixadas tais como um suporte-mancal de eixo simples com um canhão Mauser MG-151/20 (20mm) ou um Giat M-621 (20mm) com as respectivas caixas municiadoras, tudo numa palete única fixada ao piso. O Alouette III configurado com canhões é alcunhado de “helicanhão”. A aviónica do Alouette III é específica para as preferências do operador, seja ele militar ou civil, mas básicamente está disponível para homologação de voo em (VFR-Visual Flight Rules) ou em (IFR-Instruments Flight Rules). Alguns dos aviónicos incluem um estabilizador de comandos de voo SFIM 85, com a possibilidade de selecção da manutenção de altitude ou de velocidade, (ADF-Automatic Direction Finder), (ILS-Instrumental Landing System), (VOR-VHF Omnidirectional Range), (DME-Distance Measuring Equipment) e rádios de comunicações (VHF/UHF) com vários tipos de antenas no exterior do helicóptero.


 


57 Anos ao Serviço da FAP


O helicóptero ligeiro francês Aerospatiale SA-316B Alouette III (Sud-Est SE.3160) teve baptismo de fogo em 1963 nas Guerras Ultramarinas Portuguesas, inicialmente em Angola mas depois também em Moçambique e na Guiné Portuguesa, onde a FAP - Força Aérea Portuguesa combateu os guerrilheiros rebeldes pró-independentistas. Os pilotos e técnicos portugueses tornaram-se exímios e excelentes profissionais na operação táctica do aparelho. Este serviu praticamente para tudo, desde a evacuação médica de feridos em combate, transporte de assalto com tropas especiais, até ao ataque anti-guerrilha. Para ataques de saturação contra alvos no solo, o helicóptero era armado com um canhão Mauser MG-151/20 (20mm) disparando pela abertura do portão esquerdo. A FAP também utilizou o Alouette III como helicóptero batedor e reconhecedor para o Exército Português, como transporte aerotáctico geral e até como aeronave-correio.


A partir de Abril 1963, a FAP adquiriu à França grandes quantidades de helicópteros ligeiros Aerospatiale SA-316B Alouette III (então Sud-Est SE.3160) como complemento aos poucos aparelhos SE.3130 Alouette II que estavam ao serviço. Os helicópteros eram extremamente necessários para o esforço da Guerra do Ultramar, a decorrer em três frentes separadas a milhares de quilómetros de distância entre si, nomeadamente em Angola, na Guiné Portuguesa e em Moçambique. Estes ex-Territórios Ultramarinos eram enormes teatros de conflitos de guerrilha, sem caminhos nem estradas, onde o mato e a selva eram vastos e predominantes. Nestas condições muitíssimo difíceis, com muito calor e humidade, o meio aéreo era imprescindível na movimentação rápida das tropas, no seu transporte, na infiltração e exfiltração de forças especiais de Comandos e na evacuação rápida dos soldados feridos. Milhares de combatentes portugueses deveram a sua vida graças ao socorro destes “anjos da guarda”. Tal como aconteceu com o UH-1 Huey naquela que ficou conhecida como “A Guerra do Helicóptero” (Vietnam), também as imagens dos soldados portugueses a saltarem dos aparelhos durante as missões de heli-assalto correram mundo, tornando este helicóptero no símbolo máximo e mais mediático da Guerra do Ultramar Português.


O primeiro aparelho foi entregue em 25 Abril 1963 na Base Aérea nº9 (BA9) em Luanda, Angola, tendo a frota inicial começado a operar em (IOC-Initial Operational Capability) a 18 Junho 1963. Os Alouette III básicos estavam desarmados e tinham o nome de código "Canibais". Estes realizavam essencialmente operações de transporte geral, ligação, reconhecimento, heliassalto e evacuação sanitária. A estes juntavam-se os Alouette III armados, chamados “helicanhões” na gíria dos pilotos. Tinham o nome de código "Lobos Maus" e executavam missões de escolta, protecção e apoio aéreo aproximado, estavam equipados com um canhão Mauser MG-151/20 (20mm). O artilheiro estava sentado de lado e disparava o canhão pela abertura do portão esquerdo. Nos inícios dos Anos 70, foram testadas duas metralhadoras pesadas Colt-Browning M2 (12,7mm) disparando por solenóides G-9, com as respectivas caixas municiadoras montadas lateralmente. Em 1973 realizaram-se também algumas experiências para incorporar pods lança-rockets em suportes laterais. Várias configurações foram testadas mas nem as metralhadoras, nem os rockets, chegaram a ser usados em combate em virtude da Guerra Ultramarina ter terminado no ano seguinte com a Revolução do Movimento das Forças Armadas, em 25 Abril 1974. Quando os Alouette III regressaram a Portugal, a partir de 1974, a frota de "helicanhões" foi mantida e adoptou-se uma nova configuração com dois pods lança-rockets (7X37mm/2,75") fixados em suportes laterais. Dentro da cabine, ao lado esquerdo da consola de instrumentos, foi montado um suporte Type MK813 com um visor-colimador de tiro SFOM 83A3. Esta frota de Alouette III armados serve, até ao presente, para missões ofensivas de ataque ao solo no âmbito das operações subordinadas à NATO.


A FAP adquiriu um total de 142 Alouette III, o segundo maior número de aeronaves de um único modelo ao serviço de Portugal a seguir ao avião T-6 Texan/Harvard. Os Alouette III operaram em praticamente todas as bases aéreas e aeródromos da FAP no Continente, Ilhas e Ultramar. Com o fim da Guerra Ultramarina, em 1974, a maioria destes helicópteros foi doada pelo Governo Português a Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os quais viriam a constituir as suas futuras forças aéreas, permanecendo uma parte deles ainda em operação nos dias de hoje. Os restantes foram embarcados e regressaram a Portugal, alguns foram destacados para missões de Busca e Salvamento Costeiro (SAR) sendo equipados com guincho lateral esquerdo de içagem e recuperação e aplicados flutuadores (tipo botes), eram os populares "pantufas". Outros, além do guincho, receberam suportes laterais com flutuadores insufláveis (tipo saco). Actualmente, os helicópteros remanescentes estão baseados na BA11 Beja com um pequeno destacamento no AM1 Maceda-Ovar em alerta permanete (SAR-24h/365 dias). Os Alouette III servem essencialmente para transporte geral, ligação, heliassalto, treino, instrução básica, instrução complementar, conversão operacional, vigilância e reconhecimento, filmagem e fotografia aérea, busca e salvamento (SAR) no mar e em terra, evacuação sanitária (MEDEVAC), transporte de brigadas anti-fogo e apoio na coordenação aérea ao combate a incêndios florestais. Alguns deles fazem parte da Patrulha Acrobática “Rotores de Portugal” e regularmente exibem-se com grande espectacularidade em festivais aéreos no país e no estrangeiro. Em 2013 comemoraram-se os “50 Anos de Operação do Alouette III na FAP”, mais um marco de longevidade deste fiável e robusto aparelho, um dos helicópteros ligeiros mais operados em todo o mundo, quer por forças militares quer por entidades civis, um "clássico" por excelência. Um considerável contingente destes veteranos helicópteros regressou à Metrópole no Pós 25 de Abril 1974 continuando a servir na FAP ao longo de 57 anos. Os últimos helicópteros SA-316B Alouette III vinham sendo operados pela Esquadra 552 Zangões cujo lema é "...Em Perigos E Guerras Esforçados...". Eles foram retirados do serviço activo da FAP numa cerimónia a 17 Junho 2020 na Base Aérea nº11 (BA11) em Beja, Portugal. No entanto, no resto do mundo estas seguras, robustas e fiáveis aeronaves de asas rotativas continuam a ser operadas em dezenas de forças aéreas militares e operadores civis, 65 anos após o seu primeiro voo realizado em 28 Fevereiro 1959 (dados de 2024).


 


 


 


 


 


  


 


  


 Alouette III - 57 Anos na FAP