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Vought-LTV A-7P Corsair II (Hasegawa 1/72)


(Imagem 75/128)

Vought-LTV A-7P Corsair II (FAP - Força Aérea Portuguesa); Camuflagem: US Vietnam (wrap around) Humbrol H116/H117/H118; Origem: EUA; Tipo: jacto de ataque anti-superfície de alta precisão; Turboreactor: Pratt & Whitney TF30-P-408 (6078Kg empuxo); Velocidade Máxima: 1123Km/h; Raio de Acção: 3668Km; Alcance (ferry): 5245Km; Tecto de Serviço: 12.500m.


Em Fevereiro 1964 a US Navy declarou a LTV (Ling-Temco-Vought) vencedora do concurso (VAL-Heavier-than-air, Attack, Light) de 1962, para a produção de uma aeronave subsónica de ataque anti-superfície, monolugar e monomotor, para operar em quaisquer condições meteorológicas, de dia ou de noite, a partir de porta-aviões. O ênfase principal visava a alta precisão no ataque, “uma bomba-um alvo”, a fim de reduzir custos. Fazia também parte dos requisitos possuir capacidade de transportar grande quantidade de armamento, inclusive nuclear.


A LTV propôs a adaptação do veterano e formidável caça supersónico Chance Vought F-8 Crusader, um interceptor puro-sangue utilizado com elevadíssimo sucesso pela US Navy desde 1955. A adaptação consistiu num avião similar ao F-8 apenas na configuração geral, com custos de produção inferiores mas com performances e capacidades superiores aos estabelecidos no concurso. Ao restringir o desempenho para velocidades subsónicas, o peso da estrutura foi reduzido, o alcance incrivelmente aumentado e a disponibilidade para o transporte de armamentos quadruplicado. A aeronave resultante tinha semelhanças externas com o F-8 Crusader mas era completamente nova, além de mais pequena e compacta. Foi designada por Vought-LTV A-7 Corsair II (em memória e homenagem ao excepcional caça embarcado em porta-aviões Vought F4U Corsair da 2ª Guerra Mundial).


A configuração estrutural do A-7 era adequada para missões a velocidades subsónicas elevadas. O enflechamento moderado das asas retardava o acentuamento do arrasto e garantia o alinhamento aproximado dos seis suportes-cabides (pylons) com o centro de gravidade, minimizando a arfagem aquando o lançamento das armas. As asas estavam equipadas com slats no bordo de ataque, flaps no bordo de fuga, e ailerons externos. Pouco afiladas, as asas receberam uma pequena extensão no slat do bordo de ataque, com dente canino a separar as secções externas que se dobravam para cima mediante sistemas electrohidráulicos. As asas dobráveis para cima denotam a essência naval do A-7 Corsair II e são para reduzir o espaço da aeronave no convés dos porta-aviões, nos seus elevadores e dentro dos hangares. Além disto, esta configuração alar proporcionava ao aparelho uma grande manobrabilidade, os slats hidráulicos quando extendidos permitem à aeronave voar com grande destreza e sustentação aerodinâmica, mesmo a baixas velocidades, condição essencial durante as aterragens em porta-aviões. As asas foram instaladas no alto da fuselagem, de maneira a ampliar o espaço até ao solo para acomodação de cargas bélicas volumosas. Já os estabilizadores, de superfície única e pivotamento hidráulico central, estavam montados embaixo na cauda para garantirem ausência de empinamento. A deriva do leme foi reduzida em altura e o posicionamento da aeronave no solo é inclinado em relação ao convés, dando-lhe um ar atarracado, tudo para atender às exigências dos tectos baixos nos hangares dos porta-aviões e proporcionar-lhe maior sustentação alar durante a descolagem por catapulta. O trem de aterragem do tipo triciclo retráctil, de accionamento electrohidráulico, tinha rodas duplas na dianteira e rodas simples na traseira. Era altamente forte e robusto, para aguentar os pousos violentos no convés dos porta-aviões. Por baixo da cauda havia ainda um gancho de paragem para prender nos cabos de retenção situados nas cabeçeiras da pista dos porta-aviões. O projecto do A-7 conservava do F-8 a grande tomada de ar característica, o que lhe dava a típica “boca aberta”, mas com um radomo-radar de nariz mais curto.


Inicialmente o A-7 não impressionou muito, ninguém imaginou que ele se manteria por décadas como uma das mais importantes armas do arsenal dos EUA e participaria em todas as guerras a partir dali. O A-7, no entanto, escondia atributos excelentes pois tinha uma sólida robustez e características únicas, salientando-se a sua altíssima precisão computorizada para fazer ataques "cirúrgicos" contra alvos na superfície. A aeronave tinha sido pensada para operar a muito baixa altitude, voando a maior parte do tempo a rasar os relevos do solo, pelo que a sua autoprotecção contra armas anti-aéreas teria que ser enorme. Assim, para incrementar a sua segurança contava com grande redundância de sistemas suplentes e alternativos, tanques autovedantes “self-sealing” (à prova de danos/fogo/explosão), consumia combustível MIL-STD não-volátil, além de ter blindagens anti-balísticas em carboreto de boro protegendo todas as áreas sensíveis. A maioria dos revestimentos internos das asas e da fuselagem são em "honeycomb-aerobody", liga de molibdénio em favo de colmeia capaz de absorver e deter impactos de projécteis pesados. Os seus imensos painéis espalhados por todo o avião permitem que sejam desaparafusados e substituídos rápidamente, garantindo manutenção em tempo útil para que a aeronave regresse no menor tempo possível ao combate. A sua cabine de pilotagem éra fabricada como um monocoque estanque com blindagem de 12mm de espessura, capaz de suportar danos pesados. A cobertura canopy e o párabrisas são em "polycarbonate laminate" à prova-de-balas e de grande resistência contra impacto de aves mesmo quando o avião voa a altas velocidades. Estes iténs de segurança garantem ao avião um elevado índice de sobrevivência em combate mesmo depois de severamente atingido. Durante a Guerra do Vietnam houve episódios em que alguns A-7 resistiram a impactos directos de mini-mísseis (SAM-MANPADS, tipo SA-7 Grail/Strela), "lançados do ombro" pelos soldados vietcongs, e regressaram aos porta-aviões com pedaços das asas e da fuselagem despedaçados.


O A-7 Corsair é uma aeronave extremamente forte e altamente segura, com ampla autonomia e grande capacidade de transporte de volumosas e pesadas cargas de armamento, tem boa facilidade e acessibilidade na manutenção e tecnicamente possui uma enorme fiabilidade Os seus sistemas aviónicos têm uma excelente precisão no disparo das armas contra alvos muito localizados ou mesmo em movimento. Quando surgiu, o A-7 foi a primeira aeronave de “ataque de alta precisão cirúrgica” do mundo. Foi também uma das primeiras a contar com um visor frontal (HUD-Head Up Display), este um Marconi-Elliot AVQ-7(V) do tipo halográfico. O A-7 conta ainda com um preciso sistema de navegação inercial  (INS-Inertial Navigation System) ASN-90, e é equipado com um turboreactor de conceito turbofan, muito mais eficiente e bem mais económico que o antigo conceito turbojacto.


O protótipo YA-7A Corsair II voou pela primeira vez em Setembro 1965. A US Navy encomendou então a primeira remessa de 199 A-7A, em Outubro 1966. Esta versão tinha radar de navegação e ataque Texas Instruments APQ-116 associado a um sistema integrado de cálculo para ataques precisos (ILAAS-Integrated Light Attack Avionics System), piloto-automático (AFCS-Automatic Flight Control System) Lear-Siegler, assento ejectável Stencel S-III-S/ER do tipo “zero-zero”, turboreactor Pratt & Whitney TF30-P-6 (5148Kg de empuxo), sonda de reabastecimento electrohidráulica do tipo “probe and drogue” (cesta e funil, o sistema da US Navy) no costado lateral direito, dois canhões internos Colt-Browning MK12 (calibre 20mm, cadência 1000 tiros p/min.) que disparavam pelas laterais da boca da tomada de ar, e capacidade para transportar 6804Kg de armamentos, ou até quatro depósitos Aero-D (de 1135L de combustível cada) e/ou pods de sensores/sistemas. Depois, seguiram-se mais 196 da versão A-7B com turboreactor TF30-P-8 (5534Kg de empuxo) e sistema de navegação inercial (INS). O A-7C tinha turboreactor TF30-P-408 (6078Kg de empuxo) e era armado com um canhão interno General Electric M61A1 Vulcan (calibre 20mm, sistema Gatling de 6 canos rotativos e selector de cadências até 6000 tiros p/min.) que disparava pela face esquerda da tomada de ar. O TA-7C era a versão bilugar de treino de conversão operacional, mas com capacidade de combate. Esta versão incorporou um radomo ventral de radar Doppler (SET-DRS) Singer-Kearfott APN-190 que seria padrão para as versões posteriores. A fuselagem do bilugar era mais longa para acomodar duas cabines em tandem, com uma grande canopy de abrir para o lado direito. Mais tarde, os turboreactores dos A-7A/B receberiam kits de modernização para os converterem ao padrão TF30-P-408.


Entretanto, recuando para Dezembro 1965, a USAF resolveu também adoptar o A-7D, equipado com radar avançado de navegação e ataque Texas Instruments APQ-126 integrado a um computador digital (ADC-Air Data Computer) e a um sistema de lançamento automático de armas a grande distância (NWDS-Navigation and Weapons Delivery System) ASN-91(V). O radar tinha um sistema de seguimento automático do terreno para voo a muito baixa altitude (TFR-Terrain Following Radar), com evitação de obstáculos, capaz de guiar o avião em segurança em “qualquer-tempo-dia/noite”. Os aviónicos contavam ainda com um sistema de mapeamento cartográfico automático (PMDS-Projected Map Display System), um computador de direccionamento de voo (FDC-Flight Director Computer), um sistema transponder de identificação amigo-inimigo (IFF) Mod IV, e comunicações-rádio ultraseguras (UHF/VHF) encriptadas com salto indecifrável do tipo Have Quick Mod IV Crypto. O A-7D tinha assento ejectável Douglas Escapac IC-2 do tipo “zero-zero”, turboreactor Allison TF41-A-1 (6577Kg de empuxo), receptáculo dorsal de reabastecimento em voo do tipo “flying boom” (o sistema padrão da USAF usado pelos seus aviões-tanque), e canhão interno rotativo M61A1 Vulcan (Gatling 6x20mm, até 6000 t.p.min.) a disparar pela face esquerda da tomada de ar. Como autodefesa, tinha domos-receptores (RWR) Elisra SPS-1000 nas faces da tomada de ar e no alto da deriva, acima do leme, para captarem ameaças de radares e mísseis inimigos. Para despistar os mísseis hostis, podiam ser montadas, por baixo da cauda, duas caixas dispensadoras (CMDS) Tracor ALE-39/40 que disparavam  “chaffs/flares”, engôdos anti-mísseis.


Posteriormente, a US Navy recebeu o A-7E, equivalente ao A-7D mas navalizado com os requisitos para operar em porta-aviões, com sistema de aterragem automática no convés (ACLS-Automatic Carrier Landing System), sonda de reabastecimento electrohidráulica no costado lateral direito, sistema de contramedidas electrónicas anti-míssil (ECM) num fuso ogival atrás da base da deriva, assento ejectável Douglas Escapac IG-3 do tipo “zero-zero”, e turboreactor TF41-A-2 (6804Kg de empuxo). A versão A-7K foi a última fabricada e continua a ser o actual bilugar de treino de conversão operacional para a (USAF-ANG-Air National Guard). Tem capacidade de combate, e é baseado no A-7D. Tem a característica e longa corcunda dorsal sobre a qual se localiza o receptáculo de reabastecimento em voo do tipo “flying boom”. Os assentos ejectáveis são os Douglas Escapac IG-4/5 e usa o turboreactor mais potente, o TF41-A-2. No queixo tem um sistema laser detector e rastreador de alvos (TISL-Target Indicator System Laser) Martin Marietta AAS-35V Pave Penny o que, ligado ao visor frontal (HUD), aperfeiçoou ainda mais a precisão de bombardeamento e ataque a alvos com o uso de bombas guiadas a laser (LGB-Laser Guided Bombs).


Os NA-7C são três A-7C convertidos para testes de aviónias do programa Buckeye da US Navy. Os NTA-7C são alguns TA-7C convertidos para testes da US Navy. Os NA-7E são alguns A-7E convertidos para testes da TPS-Test Pilot School da USAF. Os EA-7L são oito bilugares TA-7C modificados para treino de Guerra Electrónica e Contramedidas Electrónicas (EW-ECM) e usados como “agressores” pela US Navy, simulando em treinos aviões soviéticos inimigos. Os YA-7F são dois protótipos supersónicos, modificados a partir de A-7D, para avaliação pela USAF. Tinham turboreactor Pratt & Whitney F100-PW-220 (10.814Kg de empuxo) numa fuselagem alongada, asas reforçadas com novos flaps de manobra e extensões, além de uma deriva do leme mais alta. Podiam carregar 7880Kg de armas, acelerarem até 1020Km/h em apenas 15 segundos, susterem Mach 1.6 por longos períodos de voo, e tinham tolerância de resistência em manobras de altos ângulos de ataque (até +7G Force). O primeiro protótipo voou em Novembro 1989 e o segundo em Abril 1990 mas este programa acabaria por ser preterido e cancelado a favor de novas versões do F-16 Fighting Falcon.


As versões do Corsair II, foram os primeiros aviões que permitiram ao piloto conhecer exactamente as suas coordenadas geográficas ao longo do voo oceânico, sem referências. O sistema de navegação e ataque (NWDS) é hoje um equipamento vulgar, mas foram os A-7D/E os primeiros aviões que o utilizaram. A grande versatilidade e a capacidade para lançar armamento não guiado, permitiam a sua utilização nas mais variadas acções de combate, capacitando o avião a atingir alvos com elevada precisão à primeira passagem. A maioria das missões de ataque do Corsair II obrigam que ele "voe muito baixo e muito rápido", guinando bruscamente por entre os relevos do solo, contornando ou subindo montanhas e descendo por entre vales para driblar e fugir aos lóbulos de rastreio dos radares inimigos. Esta táctica de tocaia exige que o piloto voe sempre nos seus limites físicos e de concentração mental.


Em 1977, a USAF equipou os A-7D com flaps automáticos para melhorar o seu desempenho em altitudes com ângulos de ataque pronunciados, acrescentando-lhes também o sistema laser (TISL) no queixo. Em Outubro do mesmo ano, os A-7D da USAF ganharam todos os prémios disponíveis na “Competição de Bombardeamento Táctico” que decorreu na Escócia, promovida pela RAF, ultrapassando os resultados dos modernos SEPECAT Jaguar britânicos. Nesse mesmo ano, a US Navy equipou os A-7E com um longo pod (FLIR-Forward-Looking Infra Red/TIS-Thermal Imaging Sight) Texas Instruments AAR-45 acoplado ao cabide subalar interno direito, aumentando significativamente a capacidade de operar à noite e em péssimas condições de tempo. Os Corsair II tinham um par de trilhos (racks) nas laterais da fuselagem para mísseis ar-ar (AAM) AIM-9 Sidewinder e nos seis cabides subalares (pylons) podiam carregar um conjunto variado de armamentos entre os quais: bombas de exercício (practice bombs), pods lança-rockets de variados calibres, pods de canhões, bombas de queda livre da família GP/HE MK81/82/83/84, bombas de queda retardada/freada MK82 Snakeye, bombas de fragmentação MK20 Rockeye, bombas de Napalm BLU-27, bombas guiadas por (TV/electroópticas) AGM-62 Walleye e GBU-15 Hobos, bombas guiadas por laser (LGB) da família GBU-10/12/16 Paveway II, mísseis anti-radiação (ARM-anti-radar/anti-SAM) AGM-45 Shrike e (HARM) AGM-88 Slider, mísseis anti-bunker/anti-tanque AGM-65 Maverick e de ataque ar-solo “além-horizonte” (OTH) AGM-84E (SLAM), e mísseis anti-navio (ASV) AGM-12 Bullpup ou AGM-84 Harpoon. Em ataque estratégico, podiam ser carregadas até quatro bombas nucleares dos tipos B-28/43/57/61/83. Para interferência contra radares de deteccção à distância e para protecção incrementada contra mísseis inimigos, podiam ser transportados pods (ECM) dos tipos Westinghouse ALQ-119/131 nos cabides subalares externos. Para maiores alcances podiam ser transportados dois a quatro tanques subalares Aero-D, embora isso penalizasse a capacidade de armamento.


Na Guerra do Vietnam, os Corsair II estiveram sempre muito activos, tendo feito desempenhos absolutamente fantásticos, actuando como mini-bombardeiros, como aviões de ataque ao solo, em apoio aéreo aproximado às forças terrestres, e como caças de defesa a helicópteros em missões de resgate de pilotos abatidos (RESCAP), e isto até ao fim do conflito. Os 395 A-7A/B, mais os 387 A-7E, e os 72 A-7D que estiveram no Vietnam, realizaram 90.232 missões de combate, cada uma com uma duração média de 2,15h. Apenas foram perdidos 34 aparelhos, a maioria por acidentes nas arriscadas operações em porta-aviões, e outros pela acção dos mísseis anti-aéreos inimigos. A sua prestação no Conflito do Sudeste Asiático contribuiu imenso para fustigar profundamente as infraestruturas do inimigo e angariar uma fama e um prestígio que perduram até aos dias de hoje.


Os A-7 da US Navy e da USAF tiveram acções de combate que foram decisivas, não só na Guerra do Vietnam, como posteriormente na invasão de Grenada (Operation Urgent Fury) e no ataque ao Líbano em 1983. Estiveram muito activos no incidente no Golfo de Sidra contra a Líbia em 1986 (Operation El Dorado Canyon) e na invasão do Panamá em 1989 (Operation Just Cause). Mas foi na Guerra do Golfo em 1991 (Operation Desert Storm) que demonstraram todo o seu potencial, tendo destruído imensas baterias anti-aéreas (AAA), plataformas lança-mísseis terra-ar (SAM), estações de radares, tanques e veículos do exército iraquiano, inúmeras infraestruturas logísticas, além de edifícios estatais do regime de Saddam Hussein. Em todos esses conflitos bélicos, o A-7 Corsair II demonstrou ser um excepcional avião, avançado e sofisticado. Mas também fácil de operar, altamente resistente ao fogo inimigo das anti-aéreas e extremamente bem equipado com sistemas de contramedidas anti-mísseis, sendo um dos caças-bombardeiros mais eficientes e mais precisos da História da Aviação.


As fábricas da Chance Vought Company encerraram a produção do Corsair II em 1984, dando fecho ao único caça-bombardeiro norte-americano projectado, construído e implementado durante a Guerra do Vietnam. No total foram fabricados 1569 exemplares. Por ser esteticamente menos bonito e menos performante que o seu irmão mais velho, o F-8 Crusader, os pilotos norte-americanos alcunharam o A-7 de “SLUFF” (Short Little Ugly Fat Fellow), um nome sobejamente injusto e que em nada corresponde aos extraordinários atributos e às elevadas qualidades desta excelente máquina de guerra.


Actualmente, nos EUA, a US Navy (Reserve), a USAF (ANG-Air National Guard) e a NASA continuam a operar alguns Corsair II (versões A-7E, A-7D e A-7K). Mais de uma centena de Corsair II encontram-se em incumbências de segunda linha, "stockados" e preservados no AMARC (Aerospace Maintenance And Regeneration Center) da USAF, grande parte deles em condições de voo e efectuando voos regulares inter-estados, constituindo uma valiosa reserva das Forças Militares dos EUA em caso de guerra em grande escala.


As restantes forças militares que já operaram esta excepcional aeronave foram apenas a FAP de Portugal (operou monolugares A-7P e bilugares TA-7P de 1981 a 1999, altura em que começaram a ser substituídos pelos F-16), a RTN-Royal Thai Navy da Tailândia (operou monolugares A-7T e bilugares TA-7T de 1995 a 2007) e a HAF-Hellenic Air Force da Grécia (operou monolugares A-7H e bilugares TA-7H de 1975 a 2014), tendo sido estes os últimos "corsários" activos na linha da frente. Junto com os da FAP, esses veteranos aparelhos foram um valioso préstimo na defesa do flanco sul da NATO. Se eventualmente ocorresse uma guerra contra a Europa, com toda a certeza teriam sido usados em missões anti-navais e contra alvos terrestres, operações em que o Corsair II está como peixe na água.


Entretanto, alguns outros Corsair II (com sistemas de guerra e armamentos removidos) vêm sendo adquiridos por museus militares, associações aeronáuticas, coleccionadores privados e clubes aéreos. Estes "iron birds" regularmente exibem-se em voo em festivais aéreos e salões aeronáuticos um pouco por todo o mundo, mantendo viva a Lenda do Corsário, um dos mais célebres aviões da Aviação Militar.