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North American F-86F Sabre (Hasegawa 1/72)


(Imagem 113/128)

North American F-86F Sabre (FAP - Força Aérea Portuguesa); Pintura Integral: Humbrol H146; Origem: EUA; Tipo: caça-interceptor a jacto; Turboreactor: General Electric J47-GE-27 (2681Kg de empuxo); Velocidade Máxima: 1118Km/h; Alcance: 2454Km; Tecto de Serviço: 14.630m.


O F-86 Sabre é um dos mais famosos, mais conhecidos e mais extraordinários aviões de todos os tempos. Foi considerado pelos especialistas aeronáuticos o melhor caça-interceptor do mundo entre os finais da década de 40 e inícios dos Anos 50.


O F-86 Sabre era um avião de primeira linha, moderno, de estrutura muito forte e robusta, capaz de aguentar rajadas insistentes de projécteis e regressar à base com o piloto salvo. A sua manutenção era simples, o que permitia ficar pronto para novas missões em pouco tempo e sem grandes apoios de equipamentos no solo. Podia operar em pequenos aeródromos de campanha, com pistas improvisadas, montadas em estrados de metal e muito próximas à frente de guerra. O F-86 Sabre foi o primeiro caça norte-americano de asas em flecha. Foi também o principal protagonista da Guerra da Coreia onde teve baptismo de fogo em Dezembro 1950. De facto, só com o aparecimento em combate do F-86 é que os norte-americanos conseguiram vencer o eterno rival soviético, o Mig-15 Fagot. Na Guerra da Coreia, os Sabre enfrentaram os Mig-15 coreanos e soviéticos naquilo que foi o primeiro combate aéreo da Era do Jacto. Embora no papel os Mig-15 fossem superiores aos aviões norte-americanos, o número de vitórias dos F-86 Sabre foi arrasador e desproporcionalmente elevado, demonstrando a importância vital do treino e uma eficiente organização de apoio logístico no solo. O Mig-15 Fagot, mais rápido e mais leve, dispunha da superioridade táctica pelo que podia atacar os aviões norte-americanos sempre numa posição de vantagem. O F-86 não podia fazer mais que aguardar o ataque e esperar que a pontaria não fosse boa. Quando o Mig-15 ficava num nível mais baixo, então o F-86 podia mergulhar e atacar, aproveitando o seu maior peso para acelerar mais depressa que o caça russo. A acção dos F-86 nesta guerra foi crucial, tendo sido a causa principal para a vitória dos EUA e para o restabelecimento político-estratégico separatista das duas Coreias, condição que até hoje perdura.


O projecto do então P-86 Sabre (P de Pursuit) surgiu em 1944 a partir de propostas iniciais para atender a uma exigência da então USAAF para um avião de caça diurno a jacto, monolugar, capaz de operar com elevadas performances desde grandes altitudes até ao nível do mar. As concepções estilísticas do P-86 foram derivadas a partir dos desenhos do pequeno caça a jacto North American FJ-1 Fury, de asas rectas, em serviço na US Navy. O P-86 foi o primeiro avião americano a tirar proveito dos estudos de aerodinâmica e dos dados de pesquisa dos voos apreendidos aos alemães nos finais da Segunda Guerra Mundial, tendo os requisitos de desempenho sido atingidos pela incorporação de asas enflechadas a 35º, slats hidráulicos automáticos nos bordos de ataque, e o emprego de metais avançados nos revestimentos da fuselagem e das asas. No seu fabrico eram empregues metais pioneiros tais como o Aeronautic Duraluminum Alloy V-95 e o Inox Composite Metal, ambos extremamente fortes e ao mesmo tempo leves, além de anticorrosivos e imunes ao fenómeno da fadiga dos materiais. Neste “puzzle” de vanguarda foi usado o perfil da asa do Messerschmitt ME-262 Sturmvogel, o primeiro caça-bombardeiro a jacto operacional da Luftwaffe. A produção em série do Sabre só foi iniciada após o final da guerra, tendo o protótipo XP-86 (XP de eXperimental Pursuit) voado pela primeira vez em 1 de Outubro 1947. O XP-86 Sabre era equipado com o primeiro turboreactor axial norte-americano, o General Electric J35-C-3 (1816Kg de empuxo). Este motor foi construído pela divisão da General Motors, a Chevrolet, até que a produção foi entregue à Allison. O avião tinha uma fuselagem convencional, esbelta e aerodinâmica, um pouco bojuda na zona central e com uma canopy moderna, em bolha, com excelente visibilidade a toda a volta. A entrada de ar era do estilo "boca de peixe" e o ducto de admissão ia do bocal até ao cano de escape na cauda. As asas eram enflechadas e a deriva era relativamente alta, com filete dorsal. Os estabilizadores tinham um pronunciado diedro positivo e o trem de aterragem era do tipo triciclo hidraulicamente retráctil com rodas simples. O protótipo XP-86 Sabre foi o primeiro avião a tocar a velocidade do som, ainda que em voo picado e desde grande altitude. Com efeito, o piloto norte-americano George Welch atingiu a velocidade do som (1227Km/h) num longo mergulho no dia da inauguração do primeiro voo, a 1 de Outubro 1947. De salientar que só passados 13 dias, é que o capitão Chuck Yeager ultrapassaria a Barreira do Som, em 14 de Outubro de 1947, a bordo do avião-foguete Bell X-1 Skyrocket, a primeira aeronave a manter velocidade supersónica em voo nivelado. Em 18 de Maio de 1953, a mulher-piloto Jacqueline Cochran, a bordo de um F-86E Sabre, tornou-se também a primeira mulher a atingir a Barreira do Som.


A tecnologia do F-86 Sabre era mais avançada que a de qualquer outro aparelho da época. Como todas as superfícies de controlo tinham servocomandos hidráulicos, a sua desenvoltura em voo resultou excelente. A força aerodinâmica da pressão em velocidade era menos esforçante para o piloto graças à "sensação artificial induzida" (semelhante à direcção assistida nos automóveis). Em manobras rápidas, era impressionante a resposta instantânea e a grande precisão. Tudo nele era novo: para se entrar, escalava-se uma “parede metálica” com degraus embutidos, o cockpit estava elevado, era amplo e confortável e os instrumentos eram todos eléctricos. O arranjo do painel de instrumentos era um verdadeiro espectáculo de luzes cintilantes, relógios e ponteiros pulsantes, cada botão, chave ou comando funcionava com precisão, produzindo uma resposta instantânea. A canopy de plexiglass era grande e dava excepcional visibilidade para fora. O piloto sentia-se seguro ao executar qualquer manobra. O seu mini-radar, funcionando como auxiliar de aquisição de alvos à distância, foi um dos primeiros a ser instalado num avião de caça a jacto e a ser utilizado operacionalmente em números significativos. O Sabre era um avião de características verdadeiramente notáveis e por isso tornou-se o caça “standard” da USAF dos EUA, da RCAF do Canadá, da RAAF da Austrália e das principais forças aéreas da NATO. Países europeus, norte-americanos, sul-americanos, africanos e asiáticos operavam os Sabre. Ao longo dos Anos 50 e 60, quase todas as principais forças aéreas do Mundo Ocidental estavam equipadas com estes excelentes aviões. Grandes esquadrões de F-86 formavam o principal escudo de defesa da maioria dos países ocidentais, constituindo uma forte barreira contra a ameaçadora URSS. Além da North American, o F-86 foi também produzido sob patente de licença pela Canadair no Canadá, pela CAC/Commonwealth na Austrália, pela Mitsubishi no Japão e pela Fiat na Itália. No total, entre 1949 e 1956, foram fabricados 9860 exemplares em diversas versões, tendo este sido o caça a jacto mais produzido no Ocidente.


Os F-86 Sabre estavam armados com metralhadoras pesadas Colt-Browning M2 (calibre 0.50”/12,7mm com alimentação eléctrica e selector de cadências de 750/850 tiros p/min, ou 1200 tiros p/min. nas M3). Contudo, as lições tiradas da 2ª Guerra Mundial mostraram que os projécteis de 12,7mm eram demasiadamente pequenos, leves e fracos, até mesmo contra aviões modestamente blindados, pelo que decidiu-se montar metralhadoras em número suficiente, neste caso eram 6. Estavam montadas em dois pares de 3 em ambas as laterais dianteiras do avião e eram apontadas para que os seus tiros convergissem 300m à frente, de forma a que os projécteis não se dispersassem e perdessem o efeito destrutivo. Dessa forma, compensava-se o débil poder de fogo do baixo calibre pelo número de metralhadoras, optando-se pela concentração localizada de tiros de forma a aumentar os estragos contra uma determinada área da aeronave inimiga. Os projécteis tinham ogivas combinadas, utilizando-se as de penetração de armadura piercing (AP), as anti-blindagem-incendiárias (API), e as anti-armadura-piercing marcadoras e incendiárias (APIT). As ogivas rodadas foram usadas durante a Guerra da Coreia, continham magnésio e foram concebidas para detonar com o impacto. Mas todos estes projécteis tinham limitações: eram mais apropriados contra alvos no solo e não para serem usados em altitude contra aeronaves, isto porque o nível de oxigénio na estratosfera era tão baixo (ar rarefeito) que não conseguia dar energia à explosão dos invólucros, enfraquecendo o poder de fogo e o alcance dos projécteis. Também as ultra-baixas temperaturas da estratosfera (entre -60 a -90º) congelavam as metralhadoras e os mecanismos associados, ficando estas frequentemente encravadas. Em caso de encontro com aviões inimigos os pilotos eram forçados a baixarem de altitude para que as metralhadoras disparassem, o que muitas vezes se tornava uma situação embaraçosa. Por táctica, desde a Segunda Guerra Mundial, os bombardeiros iam-se aproveitando destas limitações e subiam ainda mais em altitude para escaparem ao fogo dos caças. Os F-86A Sabre foram equipados com a antiga mira visual MK18 de computação manual da distância. Mas passados poucos meses, incorporou-se a moderna mira-radárica “gunsight” A-1CM com computação automática da distância até ao alvo. O mini-radar de nariz, em forma de lábio superior, era um Martin APG-5C no F-86A mas foi posteriormente substituído pelo Sperry APG-30 no F-86F Sabre. Este pequeno radar estava associado a uma mira-radárica “gunsight” A-4 e ambos estavam ligados a um sistema de telemetria e de comando das metralhadoras do avião. O radar determinava com grande precisão a distância ao alvo e permitia fixá-lo. A partir daí, os dados sobre a distância eram automaticamente fornecidos ao sistema de tiro, que por sua vez facilitava ao piloto dados sobre quando disparar para conseguir o melhor efeito. Esta vantagem táctica permitiu que pilotos norte-americanos menos experientes pudessem enfrentar com sucesso os pilotos norte-coreanos e russos veteranos, que não possuíam esse tipo de equipamento, o qual permitia ao piloto ter mais atenção às manobras de combate. Este sistema provou ser uma significativa vantagem contra os Mig-15 na Guerra da Coreia, tendo sido utilizado mais tarde nos caças-bombardeiros supersónicos F-100 Supersabre e F-105 Thunderchief. No fim das hostilidades na Coreia, os pilotos dos F-86 creditaram o derrube de 792 Migs coreanos contra a perda de apenas 76 Sabres num rácio de vitórias de 10:1. Esta distinta superioridade e elevado grau de excelência do F-86 Sabre fez com que muitas forças aéreas mantivessem esquadrões deste formidável avião no activo até entrados os Anos 90. A Força Aérea da Bolívia foi a última a desactivar os seus F-86F, em 1994. Ao longo da sua extensa vida operativa, nas suas várias versões, o Sabre foi incorporando as mais avançadas tecnologias da época tais como os novos mísseis de combate “ar-ar” (AAM) Hughes AIM-9B Sidewinder. Em geral, os mísseis viriam a substituir as obsoletas metralhadoras e canhões aéreos em praticamente todos os caças e bombardeiros posteriores, marcando o início da Missilística e da Aviação Militar Moderna.


As versões do Sabre são: 3 protótipos iniciais XP-86 Sabre (mais tarde renomeados XF-86 Sabre) com turboreactor Allison J35-C-3 (1701Kg de empuxo), 1 protótipo YF-86A Sabre com turboreactor General Electric J47-GE-7 (2359Kg de empuxo), F-86A Sabre versão de série com párabrisas em cunha, pequeno radar de nariz Martin APG-5C, mira visual MK18 substituída depois por mira-radárica “gunsight” A-1CM, rádio (VHF) Collins ARC-3 e turboreactor J47-GE-13 (2420Kg de empuxo); DF-86A Sabre conversão para director de drones; RF-86A Sabre versão de reconhecimento equipada, sob o cockpit, com 1 fotocâmara frontal-oblíqua K-11 (61mm/24”) e 2 fotocâmaras semi-verticais K-24 (51mm/20”); QF-86A Sabre convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis; YF-86D Sabre Dog protótipo com radomo-radar de navegação no nariz, fuselagem alongada, deriva e estabilizadores de novo desenho; F-86D Sabre Dog caça-interceptor “todo-o-tempo” com radomo-radar de navegação Hughes APG-37 no nariz e alcance de detecção até 50Km, sistema de controlo de fogo (FCS) Hughes E-4, computador análogo electrónico para guiar automaticamente o avião num curso até ao alvo, sistema de controlo de aproximação automática (AACS), sistema de distância omni-direccional (VOR) ARN-14, rádio (UHF/VHF) Collins ARC-27 ou ARC-34, transponder-identificador amigo-inimigo (IFF) Stew-Warner APX-25, canopy de novo desenho com párabrisas blindado e plano, sem metralhadoras ou canhões internos, palete retráctil ventral com disparador de 24 rockets explosivos (FFAR) MK4 Mighty Mouse (70mm), deriva de novo desenho, alojamento com disparo de páraquedas de freio, luzes de navegação deslocadas dos bordos de ataque para as pontas das asas, 2 cabides-pylons subalares para 2 tanques de combustível-extra de 454L, estabilizadores de diedro neutro, fuselagem traseira alongada para alojar turboreactor J47-GE-17 (3472Kg de empuxo com pós-combustão/"afterburning"); QF-86D Sabre Dog convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis; F-86E Sabre com melhorias no sistema de controlo de voo (FCS) mediante controlos de voo com “sensação artificial induzida” para menor esforço do piloto e maior manobrabilidade a altas velocidades, estabilizadores totalmente móveis para melhor e mais rápido cabeceio, luzes de navegação nas pontas das asas; QF-86E Sabre convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis; F-86F Sabre versão principal de série com mini-radar de nariz Sperry APG-30, mira-radárica “gunsight” A-4, rádio (UHF/VHF) Collins ARC-27 ou ARC-33, sistema de bombardeamento automático a baixa altitude (LABS), computador de controlo de bombardeamento Norden M-1, párabrisas blindado e plano, nova asa alargada de perfil (6"-3" Wing) com corda alargada (6"/15cm na raíz e 3"/7,5cm na ponta), a partir do Block 40 com nova asa alongada de perfil (F-40 Wing) com extensão (12"/30cm) na ponta, novo aileron, tubo de pitot direito e recolocado mais para dentro, melhorias consideráveis na manobrabilidade e agilidade em voo, 4 cabides-pylons subalares para bombas, foguetes, lança-rockets, depósitos de napalm ou tanques de combustível-extra de 454L ou 755L, até 2 mísseis “ar-ar” (AAM) Hughes AIM-9B Sidewinder em trilhos nos cabides-pylons internos, capacidade para carregar uma bomba nuclear de segunda geração tipo MK12 no cabide-pylon interno direito, turboreactor J47-GE-27 (2681Kg de empuxo), aumento da capacidade interna de combustível de 1640L para 1911L; QF-86F Sabre convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis; RF-86F Sabre versão de reconhecimento equipada com 3 fotocâmaras e fabricada pela Mitsubishi no Japão; TF-86F Sabre apenas 2 bilugares de treino com fuselagem alongada em 160cm e canopy também alongada; F-86H Sabre (parecido com o FJ-3 Fury da US Navy/US Marines) com novas canopy, boca de ar, fuselagem caudal e deriva, estabilizadores com diedro neutro, nariz melhor armado com 4 canhões internos Pontiac M39A-1 de 20mm, asas alargadas e alongadas, 6 cabides-pylons subalares para bombas, foguetes, lança-rockets, depósitos de napalm ou tanques de combustível-extra de 454L ou 755L, capacidade para carregar uma bomba nuclear de segunda geração no cabide-pylon interno direito, sistema de bombardeamento automático a baixa altitude (LABS), turboreactor J73-GE-3 (4046Kg de empuxo) e tecto de serviço de 15.485m; QF-86H Sabre convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis; F-86K Sabre Dog caça-interceptor “todo-o-tempo” baseado no F-86D mas ligeiramente alongado, específico para as forças aéreas da NATO, radomo-radar de navegação Hughes APG-37 no nariz e com alcance de detecção até 50Km, sistema de controlo de fogo (FCS) simplificado Hughes MG-4 ligado a um computador de radar de intercepção de alvos (RITC) Hughes APA-84 que orientava o avião num rumo de intercepção ao alvo em conjugação com estações de radar de intercepção controlada do solo (GCI), sem palete retráctil ventral substituída por 4 canhões internos Hispano-Suiza M24A-1 de 20mm nas laterais do nariz, asas alargadas e alongadas, 4 cabides-pylons subalares para até 4 mísseis “ar-ar” (AAM) Hughes AIM-9B Sidewinder em trilhos ou combinados com 2 tanques de combustível-extra de 454L, turboreactor J47-GE-33 (3469Kg de empuxo com pós-combustão/"afterburning"); QF-86K Sabre Dog convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis; F-86L Sabre Dog caça-interceptor F-86D modernizado com os iténs do F-86K mas sem os 4 canhões, receptor-processador automático de dados e computador de bordo ligando o avião à rede de defesa terrestre (SAGE) do Comando de Defesa Estratégica Aeroespacial (NORAD) dos EUA; QF-86L Sabre Dog convertidos em aviões-alvo de controlo remoto para testes de mísseis. No Canadá foram fabricados os Canadair CL-13 Sabre MK1 (1 protótipo F-86A), o Sabre MK2 (F-86E para a RCAF, USAF e RAF como Sabre F.2), o Sabre MK3 (1 protótipo derivado do F-86E para testes do turboreactor canadiano Avro Canada TR.5 Orenda 3 com 2721Kg de empuxo), o Sabre MK4 (F-86E sem slat no bordo de ataque da asa mas com cerca, para a RCAF e RAF como Sabre F.4), o Sabre MK5 (F-86F com turboreactor TR.5 Orenda 10 com 2883Kg de empuxo para a RCAF e Luftwaffe da RFA) e o Sabre MK6 (F-86F com turboreactor TR.5 Orenda 16 com 3330Kg de empuxo para a RCAF, Luftwaffe da RFA e forças aéreas da Colômbia, África do Sul e Bangladesh). Na Austrália foram fabricados para a RAAF os Commonwealth CA-27 Sabre MK30 (F-86F com turboreactor Rolls-Royce RA.7 Avon de 3402Kg de empuxo e 2 canhões ADEN de 30mm), o Sabre MK31 (F-86F sem slat no bordo de ataque da asa mas com cerca) e o Sabre MK32 (F-86F com asa do Sabre MK31, 4 cabides-pylons subalares e maior capacidade de combustível). Alguns destes aviões foram depois vendidos às forças aéreas da Malásia e Indonésia. Na Itália foram fabricados os Fiat F-86K Sabre Dog para a USAF, AMI da Itália, Luftwaffe da RFA e forças aéreas da França, Holanda, Noruega, Venezuela e Honduras.


Em resumo, os caças-bombardeiros Sabre foram operados em 37 países, pelas forças aéreas dos EUA, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, RFA, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Itália, Jugoslávia, Grécia, Turquia, Tunísia, Arábia Saudita, Iraque, Irão, Paquistão, Etiópia, Austrália, África do Sul, Bangladesh, Malásia, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Argentina, Perú, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Honduras e Portugal.


A Força Aérea Portuguesa (FAP) operou 65 F-86F Sabre entre 1958 e 1980, 22 anos ao serviço como caças interceptores subordinados à NATO na defesa da Europa contra a então URSS durante a Guerra Fria.


Os caças-bombardeiros Sabre distinguiram-se em inúmeros conflitos, desde a Guerra da Coreia à Crise do Estreito da Formosa (Taiwan) em 1954, à Guerra Indo-Paquistanesa em 1965, à Guerra do Ultramar Português na Guiné-Bissau entre 1961 e 1964 (sendo esta mobilização contestada pelos EUA e a NATO), até à Guerra de Libertação do Bangladesh em 1971. Em todos estes conflitos os Sabre actuaram sempre com aguerrida ferocidade e elevada eficácia. Actualmente são mantidos em estado de voo algumas centenas destes míticos aviões, pertencentes a museus de forças aéreas, clubes aeronáuticos, associações e entidades privadas. Regularmente muitos deles são exibidos nos grandes salões aeroespaciais internacionais, em vários festivais aéreos e em torneios de acrobacia pelo mundo inteiro. A "Lenda do Sabre" continua bem viva.