NOTA: no topo da carlinga leva ainda dois cabos de antena esticados até aos topos das caudas dos lemes (derivas). Por motivos de arrumação provisória da miniatura numa gaveta, não os coloquei para não se partirem.
ATENÇÃO: investigações minuciosas feitas às poucas fotografias do P-38G (SN:42-12738 - 94FS, 1FG - USAAF Nov`42 - North Africa) retido em Portugal a 15 Novembro 1942 pela Aeronáutica Militar, concluem que o aparelho estava pintado no padrão USAAC/USAAF mais comum: em "olive drab" (FS.34087/Humbrol H155) com espectro inferior "neutral grey" (FS.36173/Humbrol H156) delineado a ondulado. O aparelho chegou a Portugal equipado com tanques externos de combustível-extra (para a travessia "ferry" que estava efectuando de Inglaterra para o Norte de África durante a "Operation Torch"). O aparelho já tinha estado por longos meses na frente de guerra norte-africana, lutando contra o Afrika Korps alemão, pelo que a pintura estava algo desbotada, desgastada e às manchas devido à descoloração provocada pelo intenso sol africano. O seu mau aspecto gerou, durante anos, várias confusões acerca das verdadeiras cores ou até se a pintura seria em camuflado com supostas "manchas castanhas" para se assemelharem à dos Airacobra da BA2 Ota. Alguns disseram que o espectro ventral era num anormal "azul-céu claro". Outros disseram que tinha os cones dos hélices (spinners) em cor escura, provavelmente em "preto" ou "cinzento". E outros ainda afirmavam que o aparelho era "camuflado às manchas" nas cores padrão da RAF. Pois tudo isso careceu de fundamento e revelou-se falso. De salientar que as derivas dos lemes ostentavam apenas o escudo nacional, sem bandeira, e no lateral esquerdo do nariz foi mais tarde escrita com tinta branca de cal o lema "NÃO FAZ MAL..." em alusão ao aparelho ter o sistema de disparo das metralhadoras avariado e não haver peças de substituição e também pelo facto de voar raras vezes por não haver pilotos portugueses habilitados para este tipo de avião. O P-38G (OK + T 300) da A.M. era alcunhado "o avião dos generais", pois só saía do hangar e era exibido quando havia paradas militares na base. Para esses efeitos solenes foi posteriormente lavado e esfregado com escovas pelo pessoal de manutenção, para ao menos ficar com um ar mais apresentável. Mais tarde, devido a problemas de fugas de combustível nos depósitos de borracha, foi tentada a construção de depósitos metálicos nas OGMA, o que não foi possível concretizar. Essas incompatibilidades associadas à falta de sobressalentes ditaram o fim deste avião que terminou os seus dias dentro de um hangar com as asas apoiadas em bidons de combustível antes de ser desmantelado para a sucata.