Sites Grátis no Comunidades.net Criar uma Loja Virtual Grátis

 Modelismo - AVIAÇÃO MILITAR PORTUGUESA


 

Visite também os Sites:

 

Modelismo - AVIAÇÃO MILITAR MUNDIAL

 

OBERION - Fantastic

Fantasy Art

 

 

 

 

 

NOVIDADE

Não sabe montar Kits de Modelismo?

Peça a montagem e pintura de miniaturas de aeronaves por encomenda. Contacte: neloolen@msn.com

 

 

SHOP

Aviation Art

 

Compre pinturas artísticas em tela das aeronaves militares portuguesas, aqui 

 

 

 

 

 

MILLENNIUM

 

 

 

 

FAP 70 ANOS

 

 

 

 

 

REAL THAW 2024

HOT BLADE 2024

 

 

 

 

 

HOT BLADE 2023

 

 

 

 

REAL THAW 2023

 

 

 

 

 

REAL THAW 2022

 

 

 

 

HOT BLADE 2021

   

 

 

 

ALOUETTE III

1963 - 2020

 

 

 

 

ALPHA JET

1993 - 2018

 

 

 

 

 

Asas de Portugal

T-37C Tweet

 

 

 

 

 

 

ATENÇÃO

As miniaturas expostas neste Site não estão à venda, são de colecções privadas.

 

 

NOVIDADES

(Mai/Jun/Jul/Ago 2024)

Hawker Hurricane MK IIC

FTB-337G Super Skymaster

Fiat G.91R/4 Gina

T-33A T-Bird (38 Anos FAP)

Northrop T-38A Talon

S-70A Black Hawk

Koala (novas fotos)

EMB-390 Millennium

Expo Modelcult 2023 (Loulé)

Real Thaw 2023 (BA11 Beja)

Hot Blade 2023 (BA11 Beja)

Real Thaw 2024 (BA11 Beja)

Hot Blade 2024 (BA11 Beja)

 

 

AERONÁUTICA MILITAR

P-39D Airacobra

Mohawk MK IV

Master T.MK III

Lysander MK IIIA

Blenheim MK IVL

P-38G Lightning

Spitfire LF.MK VB

Hurricane MK IIC

 

 

AVIAÇÃO NAVAL

Beaufighter MK X

Beaufighter TF.MK X

 

 

FORÇA AÉREA PORTUGUESA

AT-6C Texan

Harvard MK IV

T-6G Texan

SA-316B Alouette III

Fiat G.91R/4 Gina

Fiat G.91R/3 Gina

Fiat G.91T/3 Gina

A-7P Corsair II

Alpha Jet-A

FTB-337G Super Skymaster

DHC-1A Chipmunk

DO-27A-4

F-47D Thunderbolt

F-84G Thunderjet

T-33A T-Bird

F-86F Sabre

T-38A Talon

F-16B Fighting Falcon

C-212-300S Aviocar

 

 

CONTADOR 


Total de visitas: 373840
Kits - Modelos - 1

Primeira Anterior ...          ... Próxima Ultima

Supermarine Spitfire LF.MK VB (Revell 1/72)


(Imagem 31/128)

Supermarine Spitfire LF.MK VB (Aeronáutica Militar); Camuflagem: RAF Humbrol 30/27/64; Origem: Reino Unido; Tipo: caça interceptor de defesa aérea e de ataque anti-superfície; Motor: Rolls-Royce Merlin 45 (1515cv) V12 em linha c/hélice tripá; Velocidade Máxima: 574Km/h; Raio de Acção: 760Km; Tecto de Serviço: 11.280m.


* (A laranja, versões de reconhecimento).


Introdução:


O famoso e popular Spitfire, amplamente conhecido, foi o melhor caça britânico de toda a Segunda Guerra Mundial. Este potente e elegante caça de intercepção e de defesa aérea foi o responsável, junto com o não menos famoso Hurricane, pela "Salvação do Reino de Sua Majestade".


O projecto deste excepcional avião começou em Junho 1934, pela então Vickers-Armstrongs & Supermarine Aviation Works Ltd. O protótipo Type 300 (matrícula K5054) era propulsado por um motor Rolls-Royce Merlin C (950cv) com hélice de duas pás (bipá) de madeira e passo fixo da Aeroproducts Watts. Voou pela primeira vez em 05 Março 1936 tendo suplantado largamente as melhores espectativas dos projectistas e revelando-se ser "o avião militar mais rápido do mundo" na época. Inicialmente desarmado, foi mais tarde armado nas asas com quatro metralhadoras (mg) Vickers que se revelaram obsoletas e muito insuficientes. Para aumentar o poder e a rapidez de fogo, o avião foi depois armado nas asas com oito metralhadoras Browning mais potentes. Imediatamente a RAF interessou-se pelo novo aparelho e assinou com a Supermarine uma encomenda inicial de 310 aviões, tendo em vista a preparação para a guerra que se avizinhava com a Alemanha Nazi. Outras encomendas seguiram-se e em Outubro 1939 o número de Spitfire produzidos já suplantava as 4000 unidades.


 


Motores Rolls-Royce Merlin:


Em 1937, saiu o Spitfire MK I com motor Rolls-Royce Merlin II (1030cv), hélice de duas pás (bipá) de madeira e passo fixo, asas elípticas normais (asas F) sendo equipado com oito metralhadoras Browning nas asas (armamento A). O MK IA tinha motor Merlin III mais económico, seis colectores de escapes duplos, introduziu uma hélice de três pás (tripá) metálica De Havilland com passo variável. Manteve as oito metralhadoras (A) nas asas elípticas normais (F) mas introduziu uma nova cobertura transparente inchada (canopy) em perspex blindado, o que lhe deu a peculiar imagem bem característica do Spitfire. A versão MK IB foi equipada com dois canhões Hispano (20mm) e quatro metralhadoras (armamento B) em asas elípticas normais (F). O FR.MK IA foi um modelo de foto-reconhecimento armado com as oito metralhadoras (A) nas asas, daí ser um (FR de Fighter Reconnaissance). Era equipado com canopy de bolha para observação vertical, três foto-câmaras Williamson-Vinten F24 para reconhecimento fotográfico (RECCE), duas verticais no ventre e uma oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit. Também foi construída uma subversão experimental (Floatplane) (matrícula R6722) com dois flutuadores e uma barbatana estabilizadora por baixo da cauda. O Spitfire MK II era quase igual ao MK IB e entrou ao serviço em 1940, com motor Merlin XII (1150cv) e hélice tripá Rotol, seguindo-se o MK IIA com oito metralhadoras (A) e o MK IIB com dois canhões e quatro metralhadoras (B). O MK III tinha motor turbo Merlin XX (1480cv) com turbocompressor de dois estágios, mais alongado que os anteriores, e a introdução de uma roda traseira (rolete de bequilha) hidraulicamente retráctil fechando com portinholas para maior aerodinâmica. Mas não passou de um modelo experimental com itens que viriam a ser introduzidos em algumas versões posteriores. O MK IV / PR.MK IVD foi um modelo de foto-reconhecimento desarmado, daí ser um (PR de Photo Reconnaissance). Era equipado com canopy de bolha para observação vertical, três foto-câmaras F24 para reconhecimento fotográfico (RECCE), duas verticais no ventre e uma oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit. O Spitfire MK V apareceu em 1941, e dispunha de um motor Merlin 45 (1515cv) com hélice tripá que possibilitou superar os 600Km/h a 4000m de altitude. O MK VA estava armado com oito metralhadoras (A), o MK VB com dois canhões e quatro metralhadoras (B), e o MK VC com quatro canhões juntos em pares (C). A partir do MK V os Spitfire podiam ser montados com asas (F) elípticas normais, ou (LF) com pontas cortadas, que permitiam várias combinações de armas: (A) oito metralhadoras, (B) dois canhões e quatro metralhadoras, (C) quatro canhões juntos em pares, (D) sem armas, (E) dois canhões), e inclusive podiam levar cabides (pylons) subalares para bombas. Os MK V (Trop) que foram mobilizados para o teatro de guerra do Norte de África receberam o motor turbo Merlin 50M (1585cv) (M de Modified) com filtro anti-areia/poeira Vokes numa grande tomada de ar no queixo, dando-lhes um aspecto rude, daí terem recebido o termo (Trop de Tropical). Também foi construída uma subversão experimental (Floatplane) (matrículas W3760, EP751 e EP754) com dois flutuadores e uma barbatana estabilizadora por baixo da cauda. O Spitfire MK VI recebeu o motor Merlin 47 (1415cv) com introdução de hélice de quatro pás (quadripá), manteve os seis colectores de escapes duplos, armamento (B), cabine pressurizada para alta altitude, e asas (HF) pontiagudas de envergadura aumentada, sendo um interceptor rápido para alta altitude. O MK VII era um melhoramento do MK VI com motor turbocomprimido mais potente, um turbo Merlin 61 (1565cv), introdução de doze canos de escapes (padrão daqui em diante), hélice quadripá, armamento (B), introduzindo uma nova deriva com leme pontiagudo para compensar a força de efeito torque da hélice, cabine pressurizada para alta altitude, e roda traseira (rolete de bequilha) hidraulicamente retráctil fechando com portinholas para maior aerodinâmica. O Spitfire MK VIII era uma variante para baixa e média altitudes do MK VII, daí tinha asas elípticas normais (F), armamento (B/E), e cabine sem pressurização. Em Junho 1942 apareceu o MK IX equipado com motor turbo Merlin 70 (1710cv), hélice quadripá, deriva com leme normal, e roda traseira (rolete de bequilha) fixa. Foi construído como recurso rápido para tentar suplantar o caça alemão Focke-Wulf FW-190, tendo sido produzido com asas para alta altitude (HF), média altitude (F) e baixa altitude (LF), podendo ser equipadas com configuração de armas (B mas geralmente reduzida a 2 mg 12,7mm/0.50") ou armamento (C/E), as asas podiam ainda levar cabides para bombas. Também foi construída uma subversão experimental (Floatplane) (matrícula MJ892) com dois flutuadores e uma barbatana estabilizadora por baixo da cauda, tornando-se "o hidroavião mais rápido do mundo" na época. Fabricaram-se, nas diferentes versões, um total de 5665 aviões Spitfire MK IX, tendo sido este o modelo mais produzido. O MK X / PR.MK XD tinha motor turbo Merlin 77 (1233cv) e hélice quadripá, cabine pressurizada para alta altitude, asas elípticas normais (F), sem armas (D), deriva com leme pontiagudo para compensar a força de efeito torque da hélice, roda traseira (rolete de bequilha) hidraulicamente retráctil fechando com portinholas para maior aerodinâmica, canopy de bolha para observação vertical, três foto-câmaras F24 para reconhecimento fotográfico (RECCE), duas verticais no ventre e uma oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit. Já o MK XI / PR.MK XID era muito parecido com o MK X mas com motor turbo Merlin 63 (1710cv), cabine sem pressurização, a meio da produção introduziu um novo pára-brisa de peça única sem armações para melhor visibilidade. Este modelo foi o esteio do reconhecimento aéreo da RAF até 1945. Já o Spitfire MK XIII / FR.MK XIIIA era um reconhecedor fotográfico (RECCE) para baixa altitude, tinha motor turbo Merlin 32 (1645cv) com hélice tripá e motor de arranque Coffman, cabine sem pressurização, era equipado com três foto-câmaras F24 para reconhecimento fotográfico (RECCE), duas verticais no ventre e uma oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit, tinha asas curtas (LF) mas com capacidade de autodefesa pois montava armamento (A, mas reduzido a quatro metralhadoras), daí ser um (FR de Fighter Reconnaissance). Estes reconhecedores de baixa altitude foram cruciais na espionagem pormenorizada das defesas alemãs nas áreas da Normandia para se organizar o Desembarque dos Aliados no Dia-D. O MK XVI tinha motor norte-americano turbo Packard Merlin 266 (1705cv), hélice quadripá, introduziu a fuselagem traseira de dorso baixo com uma moderna cobertura transparente (canopy) do tipo "bolha" para proporcionar ao piloto uma excelente visibilidade a toda a volta, vantagem crucial nos combates aéreos a curta distância (dogfight) contra aviões inimigos. Foi instalado um rádio-transceiver (VHF) com antena chicote dorsal, podiam ser montadas asas curtas (LF), ou asas elípticas normais (F), armamento (E), tinha deriva com leme pontiagudo, e roda traseira (rolete de bequilha) fixa. Foram construídas 1054 unidades deste modelo, sendo um dos Spitfire mais produzidos.


 


Motores Rolls-Royce Griffon:


O Spitfire MK XII começou a operar em 1943 e foi o primeiro modelo a ser equipado com o excepcional e possante motor turbocomprimido Rolls-Royce Griffon. A variante turbo Griffon IIB (1730cv), com hélice quadripá, foi preparada para operar em alto rendimento a ultra-baixa altitude, potencializando a avião para fulminantes ataques ao solo contra mobilizações de tanques, veículos e tropas. Para o efeito, o avião estava equipado com asas curtas (LF), deriva com leme pontiagudo, configuração de armamento (B/C), roda traseira (rolete de bequilha) hidraulicamente retráctil fechando com portinholas para maior aerodinâmica, e maior nível de blindagens de auto-protecção. O motor turbo Griffon era tão grande que o capô teve que ser alongado 26cm e "inchado" com "bochechas" em ambos os lados. Os seus doze canos de escape eram tubulares (e não mais os achatados "rabos de peixe" dos motores Merlin). O MK XIV contava com um potente motor biturbo Griffon 65, um V12 com turbocompressor de dois estágios debitando uns incríveis (2035cv) que impulsionavam uma grande hélice de cinco pás (pentapá) de 318cm para grande tracção atmosférica. Para compensar a força do efeito torque dessa enorme hélice, a cauda e o leme (deriva) ficaram com corda mais larga (introduzindo a cauda do Spiteful). A fuselagem traseira era de dorso baixo com cobertura transparente (canopy) do tipo "bolha", a roda traseira (rolete de bequilha) era hidráulica, retraia e fechava com portinholas para maior aerodinâmica. Também foi instalado o rádio-transceiver (VHF) com antena chicote dorsal e um sistema transponder (IFF) de identificação "amigo-inimigo" com antenas embutidas debaixo das asas. As asas instaladas podiam ser curtas (LF), ou normais (F), com armamento (E). O MK XIV foi o primeiro de uma nova concepção de caças que, não só superou todos os caças inimigos, como também se revelou um excelente destruidor de bombas voadoras V-1 e V-2 alemãs devido à sua extraordinária velocidade máxima de 720Km/h, aceleração rápida e alcance de 980Km. Entrou em acção em 1944 e abateu mais de 300 dessas temíveis bombas orientáveis. Já o derivado FR.MK XIVE era um reconhecedor fotográfico (RECCE) para média e baixa altitudes com cabine sem pressurização, asas curtas (LF), ou normais elípticas (F), armamento (E), e levava uma foto-câmara F24 que podia ser montada em duas posições nos costados laterais, esquerdo ou direito, ou então no ventre, dentro da fuselagem atrás do cockpit. O Spitfire MK XVIII era um derivado do MK XIV, herdou as suas características visuais mas era mais robusto e com mais blindagens que os Spitfire antecessores, possuía maior autonomia graças aos tanques auxiliares de combustível-extra que podia levar sob as asas. Muitos foram preparados para operarem em climas tropicais e desérticos, equipados com um novo filtro anti-areia/poeira Aboukir no ventre. Tal como o MK XIV, este MK XVIII podia ser equipado com asas curtas (LF), ou normais (F) e armamento (B/C/E). Já o derivado FR.MK XVIIIE era para reconhecimento fotográfico (RECCE), levava uma foto-câmara F24 no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit, cabine sem pressurização, armamento (E), e provisão com cabides subalares para bombas e foguetes. O Spitfire MK XIX / PR.MK XIXD foi o último modelo produzido dentro do período da Segunda Guerra Mundial. Foi fabricado na versão desarmada PR.MK XIXD de reconhecimento fotográfico (RECCE), daí ser um (PR de Photo Reconnaissance). Era equipado com três foto-câmaras F24 para reconhecimento fotográfico (RECCE), duas verticais no ventre e uma oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit. Mantinha o inicial dorso alto com a antiga canopy mas com o novo pára-brisa de peça única sem armações herdado do MK XI, cabine pressurizada para alta altitude, motor biturbo Griffon 65 (2035cv), hélice pentapá, cauda e leme (deriva) de corda larga (do Spiteful), tanques internos de combustível-extra para maior alcance, sem armamento (D), a roda traseira (rolete de bequilha) era hidráulica, retraia e fechava com portinholas para maior aerodinâmica. Também foram fabricados alguns PR.MK XIXD para testes com o potente motor biturbo Griffon 83 (2340cv) e sistema de duas hélices tripás contra-rotativas Rotol.


 


Spitfire do Pós-Guerra:


No Pós-Guerra a Supermarine introduziu nas suas seguintes produções a numeração árabe em vez da romana. Foi então fabricado o esbelto Spitfire F.21 (F de Fighter) com o potente motor biturbo Griffon 64 (2070cv), hélice pentapá de 340cm, pernas dos trens de aterragem 11cm mais altos com bitola 20cm mais larga, pneus e jantes maiores, armamento (C) de quatro canhões Hispano (20mm) juntos em pares, introdução de uma nova asa mais forte e com pontas quadrangulares, cabides subalares para bombas, cauda e leme (deriva) de corda larga (do Spiteful), mantendo contudo o inicial dorso alto com a antiga canopy. Também foram fabricados alguns F.21 para testes com motor biturbo Griffon 83 (2340cv) e sistema de duas hélices tripás contra-rotativas Rotol. O F.22 foi equipado com o possante motor biturbo Griffon 85 (2375cv) com a hélice pentapá de 340cm e o trem de aterragem (herdados do F.21), mas com dorso baixo, canopy moderna em bolha, antena chicote, armamento (C), introduzindo a cauda e leme (deriva) grandes (do Seafang naval). O F.24 era visualmente igual ao F.22, armamento (C/E), mas agora com cabides subalares e trilhos (racks) lança-foguetes, além de tanques internos aumentados de combustível-extra para maior alcance. Este era o Spitfire mais rápido atingindo os incríveis 731Km/h e 9100m de altitude em 8 minutos, colocando-o em pé de igualdade com os melhores caças a pistão da época. Também foram fabricados alguns F.24 para testes com motor biturbo Griffon 83 (2340cv) e sistema de duas hélices tripás contra-rotativas Rotol. Foi um F.24 que efectuou a última missão de combate real de um Spitfire da RAF, na Malásia, no dia 1 Abril 1954, dezoito anos depois do voo do primeiro protótipo. O F.24 diferia muito do Spitfire MK I original: era duas vezes mais pesado, duas vezes e meia mais poderoso e mostrou um aumento na taxa de subida 80% mais que o protótipo do Spitfire. Esses notáveis aumentos no desempenho surgiram principalmente graças ao motor Griffon no lugar do anterior Merlin.


 


Os últimos Seafire navais:


O Seafire naval era um avião preparado para operar a bordo de porta-aviões, tinha estrutura da célula reforçada, gancho de paragem em convés, asas (L) dobráveis manualmente e equipamentos navais específicos. Teve a mesma evolução do seu "irmão terrestre" em versões navais derivadas das que deram melhor rendimento. Na fase final da sua produção, no Pós-Guerra, foi fabricado o Seafire F.45 (F de Fighter), um modelo interino baseado no Spitfire F.21. Tinha motor biturbo Griffon 60 (1940cv), hélice pentapá, dorso alto com canopy antiga, antena chicote dorsal, cauda e leme (deriva) largos (do Spiteful), sub-leme articulado abaixo com gancho de aterragem extensível. Foram introduzidas novas asas com pontas quadrangulares e secção externa dobrável manualmente (L), armamento (C) de quatro canhões Hispano (20mm) juntos em pares, e roda traseira (rolete de bequilha) hidraulicamente retráctil fechando com portinholas para maior aerodinâmica. Em 1947 foram modificados alguns aparelhos armados (C) para reconhecimento fotográfico (RECCE) FR.45 (FR de Fighter Reconnaissance), equipando-os com uma foto-câmara F24 oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit, e outra foto-câmara F24 vertical no ventre. O Seafire F.46 era baseado no Spitfire F.22, montava um potente motor biturbo Griffon 87 (2385cv) com sistema de duas hélices tripás contra-rotativas Rotol, tinha fuselagem de dorso baixo com canopy moderna em bolha, introduziu a cauda e leme (deriva) grandes (do Seafang naval), sub-leme articulado abaixo com gancho de aterragem extensível, asas (L) dobráveis manualmente, armamento (C), e apoios subalares para fixar dois semi-depósitos de combustível-extra (102L cada), no ventre do avião havia ainda um cabide central para fixar um depósito ejectável de combustível-extra (227L). O FR.46 era armado (C) mas para reconhecimento fotográfico (RECCE), tinha uma foto-câmara F24 oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit, e outra foto-câmara F24 vertical no ventre. O Seafire F.47 foi o último modelo produzido. Era propulsado por um possante motor biturbo Griffon 88 (2395cv) com injecção de combustível água-metanol, sistema de duas hélices tripás contra-rotativas Rotol e longa tomada de ar logo por baixo do spinner das hélices. Tinha fuselagem de dorso baixo com canopy moderna em bolha, cauda e leme (deriva) grandes (do Seafang naval), sub-cauda articulada abaixo com gancho de aterragem extensível, asas (L) dobráveis agora por sistema hidráulico para cima e numa secção única, armamento (C), e apoios subalares para fixar dois semi-depósitos de combustível-extra (102L cada), além de apoios subalares para quatro bombas ou quatro foguetes ar-superfície, no ventre do avião havia ainda um cabide central para fixar um depósito ejectável de combustível-extra (227L). O F.47 foi o derradeiro modelo do Seafire e actuou com grande destaque em operações na Malásia e na Guerra da Coreia tendo por fim sido superado pela Era da Aviação a Reacção, foi retirado do serviço operacional activo em 1952 sendo substituído por caças a jacto embarcados nos porta-aviões. O Seafire FR.47 foi a versão armada (C) correspondente para reconhecimento fotográfico (RECCE), tinha uma foto-câmara F24 oblíqua no costado lateral esquerdo da fuselagem atrás do cockpit, e outra foto-câmara F24 vertical no ventre.


 


Spitfire bilugares:


O Spitfire de dois lugares foi projectado já no Pós-Guerra. O Spitfire T.9 (T de Trainer) era um bilugar de treino convertido do MK IX com duas cabines separadas, o aluno-cadete sentava-se na dianteira e o instrutor na traseira, sendo cobertos por duas canopys também separadas. Recebeu a deriva com leme pontiagudo do MK VII para compensar aerodinâmicamente o peso acrescido e a força de efeito torque da hélice. Em 1948 dez destes bilugares foram exportados para as forças aéreas da Índia e Holanda, e em 1951 outros seis treinadores TR.9 (TR de TRansition) foram para o Irish Air Corps da Irlanda. Estes aparelhos proporcionaram treino de transição até 1961 mas depois a maioria passou para a escola de treino técnico terrestre onde foram usados na instrução de engenheiros aeronáuticos. Quatro destes raros aviões sobreviveram ao passar das décadas sendo posteriormente adquiridos por associações de "Warbirds" que ainda hoje os voam em festivais aéreos. 


 


Resumo histórico:


A produção total do Seafire foi de 2556 aviões que foram exportados para Irlanda, EUA, Canadá, França e Birmânia. A produção do Spitfire foi de 20.351 unidades, em cerca de 30 modelos, um número que excede a produção de qualquer outro avião britânico.


Os caças Spitfire foram usados em combate em todas as frentes da Guerra na Europa, no Médio Oriente e nalgumas áreas asiáticas, actuando sempre com uma supremacia notável sobre os seus adversários. No Pós-Guerra, com o advento dos aviões a jacto, os Spitfire foram deslocados para incumbências de segunda linha da RAF sendo retirados do serviço operacional em 1961. Muitos deles foram depois vendidos a operadores privados ou a museus de forças aéreas que os preservam em condições de voo até hoje. Além de operarem aos milhares na RAF, este formidável avião também operou nas forças aéreas dos EUA (USAAF), Canadá, Irlanda, França, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Polónia, Checoslováquia, Rússia, Jugoslávia, Itália, Grécia, Turquia, Síria, Egipto, Israel, África do Sul, Rodésia do Sul, Índia, Birmânia, Tailândia, Austrália, Argentina e Portugal.


A mística do Spitfire mantém-se incólume até à actualidade, havendo inclusive algumas centenas de sobreviventes bem preservados que ainda rugem os seus atroantes motores e voam com toda a sua superior dinâmica como se fossem jovens. Muitos deles aparecem em exibições aéreas que se realizam um pouco por todo o mundo, espectáculos aéreos de aviões clássicos chamados "Iron Birds". 


A contribuição dos Spitfire foi definitiva e crucial para os rumos da Segunda Guerra Mundial a favor dos Aliados. Na gloriosa Batalha de Inglaterra, perante persistentes e frequentes lutas aéreas travadas com grande ferocidade e bravura, foram os Spitfire e seus heróicos pilotos que combatendo nos céus a Luftwaffe alemã, conquistaram a Superioridade Aérea e afastaram de vez o espectro da invasão nazi. A excelente combinação "Spitfire-Merlin-Armas" revelou-se absolutamente decisiva para a salvação do Reino Unido. Para além disso, a decidida coragem e o enorme espírito de sacrifício demonstrados pelos bravos e destemidos pilotos britânicos, autênticos ases dos céus, mudaram o curso da História. Foi tão importante esta vitória para a sobrevivência do Principal Bastião da Democracia e da Liberdade na Europa, que os retumbantes acontecimentos levaram o primeiro ministro Sir Winston Churchill a dizer o célebre discurso:


“Nunca na História dos Conflitos Bélicos da Humanidade tantos deveram tanto a tão poucos”.


A Batalha de Inglaterra é considerada pelos anais da História como o grande ponto de viragem da Segunda Guerra Mundial na Europa e o princípio do fim da tirania nazi.