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Hawker Hurricane MK IIC (Revell 1/72)


(Imagem 35/128)

Hawker Hurricane MK IIC (Aeronáutica Militar); Camuflagem: RAF Humbrol 30/27/64; Origem: Reino Unido; Tipo: caça de defesa aérea e ataque anti-superfície; Motor: Rolls-Royce Merlin XX (1480cv) V12 em linha c/hélice 3 pás; Velocidade Máxima: 574Km/h; Raio de Acção: 770Km; Tecto de Operação: 12.200m.


O Hurricane foi o segundo melhor caça britânico da Segunda Guerra Mundial, a seguir ao Spitfire. Junto com este, foi o responsável pela derrota da Luftwaffe alemã na gloriosa Batalha de Inglaterra, salvando o Reino Unido da invasão nazi.


O conceito do Hurricane surgiu em 1933, resultado dos esforços no sentido de acelerar o desenvolvimento de caças monoplanos segundo as especificações da concorrência F.7/30. O protótipo Hawker Hurricane (matrícula K5083 especificação F.36/34), projectado pelo consagrado engenheiro aeronáutico Sir Sydney Camm, éra impulsionado por um motor Rolls-Royce Merlin C (1025cv) com hélice bipá de madeira fabricada pela Watt. Este aparelho experimental de textes realizou o primeiro voo em 06 Novembro 1935, pulverizando logo uma série de records, entre os quais atingiu uma velocidade máxima de 507Km/h a 4575m de altitude, tornando-se então no primeiro avião monoplano britânico e o primeiro a ultrapassar a barreira das 300 ml/h (483Km/h). Não obstante as espectaculares marcas, o aparelho não recebeu de imediato qualquer encomenda por parte das entidades oficiais. A Hawker, consciente da alta qualidade do avião que tinha projectado, tomou a iniciativa de preparar as suas linhas de montagem. Foi a decisão acertada, por mero acaso da sorte, pois quando eclodiu a guerra com a Alemanha, o Reino Unido pode garantir uma defesa territorial presente nos céus, como se veio a provar. Antecipando e prevendo a tensão bélica crescente que se fazia sentir pela Europa, a Hawker recebeu por fim uma ordem oficial para a construção, às pressas, de centenas de Hurricane. Em Junho 1936 foram encomendadas inicialmente 600 unidades, seguindo-se outras bem mais numerosas. Em Outubro 1937, os Hurricane já equipavam algumas esquadras de caça da RAF. Mas quando a Inglaterra entrou na Guerra, em 1939, a RAF dispunha apenas de 497 aparelhos destes, que equipavam dezoito esquadras. As diferenças de performances entre o Hurricane e o Spitfire reflectiram-se na táctica da sua utilização. Ambos desempenharam as suas tarefas brilhantemente, neutralizando os intentos inimigos de conquistarem a Superioridade Aérea, a Chave da Vitória para a Alemanha. Porém, mais de metade de todos os aviões alemães abatidos durante o primeiro ano da Guerra, foi presa dos Hurricane. O maior peso da Batalha de Inglaterra coube aos trinta e dois esquadrões de Hurricane disponíveis, que tinham a incumbência de atacar os bombardeiros alemães, deixando aos Spitfire, mais velozes, a honra de enfrentarem os aviões de caça inimigos. Quando o Hurricane tinha que voar e combater em condições de operação duríssimas, foi a sua simplicidade estrutural, a sua robustez e a sua blindagem que lhe permitiram suportar severos danos em batalha, retornar à base, quantas vezes dissimulada algures num campo rural, ser reparado com rapidez e retornar à luta. O aparelho obteve grande popularidade entre os pilotos por ser um avião de excepcional manobrabilidade no combate a curta distância (dogfight) e ter óptima estabilidade para pontaria. O seu reduzido raio de curva fez dele uma máquina voadora de extrema eficiência contra os inimigos.


Os Hurricane foram produzidos em várias versões: O Hurricane MK I tinha motor Rolls-Royce Merlin II (1030cv), hélice tripá metálica De Havilland de passo fixo, rádio (HF) TR-9 e armamento básico de 8 metralhadoras Browning nas asas. A Hawker aperfeiçoou este modelo dotando-o mais tarde com motor Merlin III (1030cv) e hélice tripá metálica Rotol de passo variável, o que lhe aumentou substancialmente as performances. A blindagem anti-balística foi reforçada a toda a volta da cabine e a carliga passou a ter vidros à prova-de-balas. Os depósitos de combustível passaram a ser auto-obliturantes “self sealing fueltanks” com protecção Linatex à prova-de-fogo e de explosão. Foram equipados também com rádio (VHF) T/R Type 1133 e com sistema (IFF-Identification Friend or Foe) para o piloto saber com antecedência se os aviões à distância eram amigos ou inimigos. O MK II tinha motor turbo Merlin XX (1480cv) com turbocompressor de dois estágios e nariz mais longo, entrou ao serviço em Agosto 1940. O derivado MK IIA tinha 12 metralhadoras Browning nas asas (6 por asa, 4 na secção interna e 2 na externa a seguir aos faróis de aterragem). O derivado MK IIB tinha na mesma as 12 metralhadoras mas introduziu 2 cabides (pylons) subalares para 2 bombas de 227/113Kg. O derivado MK IIC manteve esses 2 cabides mas tinha 4 canhões Hispano (20mm) nas asas, com canos longos e molas de amortecimento dos coices de disparo. O derivado MK IID era uma versão anti-tanque/anti-fortificação com 2 pods de canhões Vickers S (40mm) de canos longos debaixo das asas. Tinha também 2 metralhadoras nas asas para correcção de pontaria com projécteis tracejantes, além de blindagem anti-balística adicional. O T.MK IIC foram 2 bilugares de treino de conversão convertidos de MK IIC exclusivamente para a Força Aérea do Irão (Pérsia). O MK III tinha motor norte-americano biturbo Packard Merlin XX (1480cv) para ajudar a produção do Merlin da Rolls-Royce britânica que estava sendo instalado também noutros aviões. O MK IV tinha motor biturbo Merlin XXVII (1620cv) e apareceu em Março 1943. Foi concebido para ataque ao solo e podia levar ou bombas, ou depósitos de combustível ou a carga mais usual composta por 8 trilhos lança-foguetes explosivos RP-3 (4 por asa). Como nas suas missões de ataque ao solo era um avião mais exposto ao fogo anti-aéreo, recebeu mais 159Kg de blindagem anti-balística adicional. O MK V tinha motor biturbo Merlin XXXII (1645cv) e hélice quadripá Hamilton Standard Hydromatic de passo variável que lhe davam performances impressionantes mas poucos foram construídos porque foram preteridos em troca do novo e mais potente caça-bombardeiro Hawker Typhoon.  


A produção foi dividida com a CCF-Canadian Car & Foundry canadiana, a qual fabricou as seguintes versões: o MK X com motor norte-americano Packard Merlin XXVIII (1300cv), hélice tripá Hamilton Standard Hydromatic de velocidade constante e 8 metralhadoras Browning nas asas. O MK XI diferia apenas nos equipamentos e nos rádios de comunicações, o MK XII tinha motor Packard Merlin XXIX (1300cv) e os 4 canhões Hispano (20mm) nas asas. E o derivado MK XIIA tinha o mesmo motor mas 8 metralhadoras nas asas.


Foram também convertidos pela (GAL-General Aircraft Limited) várias remessas de Hurricane da RAF para a Royal Navy (FAA-Fleet Air Arm) em várias versões navalizadas, designadas por Sea Hurricane/Sea Hurricat. O Sea Hurricat MK IA (ex-MK I da RAF) tinha apoios ventrais para ser preso a um trenó a jacto lançado por foguetes em cima de carris ao longo de uma catapulta montada nas proas dos navios (CAMS-Catapult Aircraft Merchantmen Ships). O Sea Hurricane MK IB (ex-MK II da RAF) para porta-aviões tinha carretéis de lançamento sob as asas além de gancho de travagem em convés situado no ventre da cauda. O Sea Hurricane MK IC (ex-MK I da RAF) tinha as adaptações navais, motor Merlin III (1030cv) e, nas asas, os 4 canhões Hispano (20mm) do Hurricane MK IIC. E o fabricado Sea Hurricane MK IIC tinha as adaptações navais, rádio naval, motor biturbo Merlin XX (1480cv) e também os 4 canhões nas asas.


A produção do Sea Hurricane também foi dividida com a CCF canadiana, a qual fabricou para a (RCN-Royal Canadian Navy) as seguintes versões: O Sea Hurricane MK X (ex-MK X da RCAF) com motor norte-americano Packard Merlin XXVIII (1300cv) e 8 metralhadoras nas asas. O Sea Hurricane MK XII (ex-MK XII da RCAF) com motor Packard Merlin XXIX (1300cv) e 12 metralhadoras nas asas. O Sea Hurricane MK XIIA (ex-MK XIIA da RCAF) foi uma pequena remessa com equipamentos e rádios navais específicos.


Todas as versões navalizadas tinham hélice tripá metálica De Havilland de passo fixo porque era mais pequena e apropriada para uso em convés. Estes aparelhos deram um extraordinário apoio aos comboios de navios mercantes que abasteciam a Europa vindos da América do Norte pelo Oceano Atlântico, fazendo rotas pelo Mar Báltico e pelo Mar Mediterrâneo. Transportados em porta-aviões (Sea Hurricane) ou catapultados de navios (Sea Hurricat), esses aparelhos enfrentaram aguerridamente, com enorme êxito, os bombardeiros alemães quadrimotores de longo raio de alcance (como os FW-200 Condor, p.ex.), abatendo-os ou repelindo-os das áreas de navegação. A mais espectacular acção de combate foi a defesa do comboio naval que se dirigia para a Ilha de Malta, em que 70 Sea Hurricane enfrentaram mais de 600 aviões italianos e alemães, destruindo 40 deles e perdendo apenas 6.


Os Hurricane combateram em todas as frentes da Europa, do primeiro ao último dia da 2ª Guerra Mundial, levando a cabo missões de caça e de ataque anti-superfície (contra terra e/ou mar), tendo a Rússia recebido 2952 aparelhos para reforço do Leste os quais se revelaram fundamentais para colmatarem as avultadas perdas sofridas durante os ataques surpresa da aviação nazi. Muitos desses Hurricane operaram equipados com skis devido ao rigoroso Inverno russo. No Norte de África, os Hurricane MK IID fizeram uma devastadora razia às forças terrestres e aos tanques e veículos do Afrika Korps do Marechal Rommel, tendo sido a principal causa da sua derrota em El Alamein e em toda aquela frente de guerra. Como os Hurricane despedaçavam tanques e todo o tipo de veículos e fortificações que apanhavam pela frente, sempre com arrasadora devastação, ficaram conhecidos na gíria como “os abre-latas”. Actuaram também no Extremo Oriente, desde Cingapura, Birmânia e Índias Orientais Holandesas onde contribuíram de forma decisiva para a recuperação dos territórios ocupados pelos japoneses. Os Hurricane quando eram mobilizados para teatros de guerra desérticos ou tropicais, recebiam por baixo da hélice uma grande entrada de ar com filtro anti-areia Vokes, o que lhes modificava o aspecto visual, tornando-os “queixudos”. A partir de 1941, todas as versões tiveram o raio de acção aumentado quando utilizavam tanques de combustível-extra (drop fueltanks) de 182/200L nos cabides subalares, em vez das bombas, e que podiam ser ejectados em voo no caso do avião entrar em duelo com caças inimigos. Desta forma, os Hurricane passaram a operar também como caças-bombardeiros, sendo então chamados na gíria por “hurribombers”.


Em resumo, o Hurricane foi um avião que se manteve na primeira linha de combate desde o primeiro ao último dia, emparelhando ao lado com outros famosos aviões de caça, como os Spitfire, Mustang, Thunderbolt, ME-109, FW-190 ou o Zero. Construíram-se nada mais que 14.533 unidades no Reino Unido e mais 1451 no Canadá. Os Hurricane serviram, além de na RAF britânica e na RCAF canadiana, também nas forças aéreas da Irlanda, França Livre, Bélgica, Holanda (Índias Orientais), Alemanha Nazi (alguns capturados), Noruega, Finlândia, Polónia, Checoslováquia, Roménia, Rússia, Itália (2 capturados), Jugoslávia, Grécia, Turquia, Egipto, Iraque, Irão, África do Sul, Índia, Argentina (1 oferecido), Japão (2 capturados), Austrália, Nova Zelândia e Portugal. 


Actualmente restam bem preservados e em condições de voo pouco mais de uma centena de Hurricane e Sea Hurricane que pertencem a vários museus das forças aéreas operantes, a clubes aeronáuticos e a associações de pilotos coleccionadores privados. Designados geralmente por “War Birds” ou “Iron Birds”, esses aviões fazem parte de um acervo mundial de aviões clássicos que regularmente se exibem em voo nos vários festivais aéreos “Air Shows” que se realizam um pouco por todo o mundo.